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domingo, 05/05/2024.
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✍ Blog: o uso de dados na educação e aprendizagem é pauta do texto de Caroline Costa

O uso de dados para a melhoria do ensino e da aprendizagem
texto de Caroline Costa, do Time Carbonell

Os dados vão muito além de números e informações, muitas vezes interpretadas como vazias. O que precisamos é aprender a analisá-los e extrair informações importantes que podem contribuir para a tomada de decisões. Na educação, essa análise tende a contribuir para a melhoria do ensino e da aprendizagem focada no estudante; no Carbonell, por exemplo, não buscamos prepará-lo para uma prova, mas, sim, para um mundo de #nPossibilidades.

E, assim como acontece em outros mercados, a análise de dados educacionais parte de uma suposição ou percepção do professor, percepção essa que normalmente vem acompanhada da expressão “eu acho que…” referindo-se a um problema a ser resolvido ou um objetivo a ser alcançado. Para isso, precisamos aprender a fazer perguntas investigativas e exploratórias para sabermos quais dados serão coletados.

Fazer perguntas pode ser um desafio e tanto, pois, culturalmente, não temos esse hábito. Costumamos aceitar e tomar como verdade aquilo que nos é dito. Por exemplo, quando as crianças estão na fase do “Por quê?”, tendemos a responder “Porque sim”; por favor, não façam isso! Quando respondemos dessa maneira, podemos estar dizendo à criança que ela está incomodando, gerar um bloqueio e, então, elas podem diminuir a frequência ou até mesmo parar de fazer perguntas. Precisamos promover um ambiente onde as perguntas são encorajadas, para que sejam formados não apenas pensadores críticos, mas também para que sejam preparadas as bases para uma educação mais enriquecedora e eficaz.

A habilidade de fazer perguntas não apenas nutre a curiosidade e o desejo de aprendizado, mas também desempenha um papel vital na análise de dados educacionais. Perguntas essas que nortearão a busca e a coleta dos dados necessários. Os dados podem nos mostrar que um ou mais estudantes estão com dificuldade em determinado assunto ou componente curricular, permite-nos observar qual tipo de atividade pode engajar mais determinado grupo, o porquê de alguns estudantes terem alcançado um resultado e outros não, se esse resultado se deu por conta de uma lacuna de aprendizagem recente ou por algo que não foi aprendido nas séries anteriores.

Para a análise de dados educacionais é preciso muito mais do que números; as observações e percepções dos professores são evidências tão importantes quanto os números. São as evidências colhidas e observadas pelo professor que darão embasamento ao que os dados nos mostram e proporcionará uma tomada de decisão efetiva em prol do estudante.

No contexto educacional, os dados precisam ser olhados com maturidade e não com um olhar de julgamento, buscando promover o trabalho colaborativo entre o time pedagógico. A análise de dados precisa ser uma ação em conjunto, lembrando que não é apenas olhar a média pela média, mas, sim, analisar as demais evidências garantindo que o estudante esteja de fato aprendendo. Mesmo aquele estudante que não gosta de estudar ou que não gosta de determinado componente curricular precisa ter um olhar atento e cuidadoso, pois nossa missão como educadores é engajá-lo de alguma forma, buscar alternativas para que ele possa se interessar, experimentar e vivenciar, estimulando-o para que se torne protagonista de sua aprendizagem.

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