22.9 C
Guarulhos
terça-feira, 19/03/2024.
spot_img

No Ensino Médio, obras da Fuvest e Unicamp são discutidas em conversa interdisciplinar literária

[cmsmasters_row data_padding_bottom=”50″ data_padding_top=”0″ data_bg_parallax_ratio=”0.5″ data_bg_size=”cover” data_bg_attachment=”scroll” data_bg_repeat=”no-repeat” data_bg_position=”top center” data_color=”default” data_bot_style=”default” data_top_style=”default” data_padding_right=”3″ data_padding_left=”3″ data_width=”boxed”][cmsmasters_column data_width=”1/1″][cmsmasters_text animation_delay=”0″]

? UM DEDO DE PROSA
Texto da Professora Ana Laura Diniz ?‍?
“‘Conversa Interdisciplinar Literária’: esse é o projeto de Estudos Literários criado pela professora e representante da área de Linguagens do Ensino Médio e Ensino Fundamental II, Ana Laura Diniz, e desenvolvido em parceria com a professora Paula Adriana Perillo. Com apoio da coordenadora pedagógica do Ensino Médio, Mariléia Brazan, promovem uma roda de conversa analítica acerca das obras obrigatórias para o vestibular da Fuvest e da Unicamp 2021, em conjunto com professores de outras áreas do conhecimento, convidados para o bate-papo. “Não tenho palavras para descrever o quão incrível tem sido essas aulas interdisciplinares”, afirma Nicolly Bertoldo Batalha, aluna do 2º ano do Ensino Médio. “As palestras, em questão de forma e conteúdo, estão arrasando. Além de ganharmos uma visão ampla e profunda dentro das disciplinas tratadas, tem sido também uma oportunidade de convívio social no meio dessa pandemia. Não há como tecer críticas negativas. Tenho a sensação de que passaria a tarde toda ouvindo os professores, que são simplesmente geniais”, corrobora Anna Maria Prado, também aluna do 2º ano do Ensino Médio.
“Esse projeto chegou não somente para trazer conhecimento, mas para alimentar a alma de todos nós! Porque é tanta força em cada palavra, é tanta conexão entre os saberes de cada área, é tanta paixão pelo que se está fazendo, que somos tomados e guiados por uma enorme emoção. E é assim que se aprende: quando dá sentido!”, acrescenta a coordenadora Mariléia.
Para a primeira roda de conversa, que ocorreu no dia 31 de julho, as professoras Ana Laura e Paula convidaram os professores Fábio Santos, de Geografia, Rene Santos, de Sociologia e Atualidades, Flávia Mendes, de História e Juliana Seabra, de Artes, para discutirem acerca de “Sobrevivendo no Inferno”, o quarto álbum musical do grupo Racionais MC’s. A ideia foi revelar temas pertinentes à obra, que não apenas versa poesia e ritmo, mas colabora para desvendar a cultura do rap e aprofundar reflexões sobre arte, literatura, história, política, racismo, violência, exclusão social e a luta por uma série de direitos.
A segunda conversa, que ocorreu no dia 17 de agosto, foi composta por Ana Laura, Fábio, Flávia e Paula, com o tema “Romanceiro da Inconfidência”, obra da escritora modernista Cecília Meireles. Nessa, o aluno pôde associar o espaço mineiro colonial, que serviu de palco político para o surgimento de narrativas contrárias às opressões da coroa portuguesa ao escopo literário apresentado pela autora.
Além de estar à frente da coordenação da área de Linguagens, a professora Ana Laura também leciona Língua Portuguesa para o Fundamental II, Interpretação de Texto para o Ensino Médio e Estudos Literários para a 3ª série do E.M. A professora Paula, por sua vez, leciona Gramática para o Ensino Médio e Estudos Literários para as turmas de 1ª e 2ª séries do E.M. Ambas, agora, trarão à tona, no próximo 16 de setembro, mais uma roda de conversa, com novos convidados: Renan Felix, professor de História, e Guilherme Vasquez, professor de Física. “É preciso desmitificar conceitos, afinal, a Literatura é para todos: o olhar das Exatas pode e deve contribuir com a visão das Humanas”, garante Ana Laura.
Dessa vez, a conversa será sobre o também modernista Carlos Drummond de Andrade e seu “Claro Enigma”. Publicada em 1951, essa obra revela um Drummond mais introspectivo e filosófico por traçar questionamentos mais reflexivos sobre a condição humana. “Será ótimo mostrar a trajetória de um Drummond que, antes engajado em questões sociais como em ‘Sentimento do Mundo’ (1940), se revela agora mais intimista e angustiado para o mundo”, afirma Ana Laura.
Para a professora, é impossível cada um ser o mesmo o tempo todo frente aos desafios da vida. “Todos enfrentamos diariamente lutas individuais, invisíveis à maioria, e, infelizmente, sempre há alguém que cruza os nossos dias com irresponsabilidade, desrespeito e leviandade. Tudo isso nos transforma e também arrebatou Drummond. Ele externa, ainda que muitas vezes de forma subliminar, a angústia, a opressão e o esmagamento do indivíduo sucumbido por ideologias e comportamentos tão opostos, muitas vezes, de suas crenças e vivências”, finaliza Ana Laura, que garante: “Essa próxima roda de conversa levará, possivelmente, cada participante a uma autoterapia podendo mergulhar no extremo de si mesmo em pensamentos e sensações”. Resta aguardar para ver, participar e viver.

 

#UmaNovaDécada

 

[/cmsmasters_text][/cmsmasters_column][/cmsmasters_row]

Blog Carbonell
— APOIO ÀS FAMÍLIAS —

Últimas notícias