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sexta-feira, 03/10/2025.
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🍃 Priscila Kyomen escreve, no blog, sobre a prática da sustentabilidade na infância

Pequenos gestos, grandes esperanças: a sustentabilidade começa na infância
texto de Priscila Kyomen, Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil

Convivendo e observando as crianças percebemos o quanto cenas simples do cotidiano sinalizam a potência de um futuro mais sustentável. Quem já notou uma criança que guarda no bolso uma folha caída do chão ou uma pedrinha, como quem coleciona pequenos tesouros ou outra, que interrompe o adulto para perguntar por que a torneira precisa ficar tanto tempo aberta, ou mesmo aquela que se encanta ao ver uma formiga atravessando a calçada? Gestos e questionamentos aparentemente ingênuos revelam algo essencial: as crianças carregam em si um olhar curioso e atento para o mundo, um olhar que, quando nutrido, pode transformar-se em consciência planetária. É nesse terreno fértil das infâncias, onde cada descoberta tem o brilho da novidade, que a sustentabilidade pode deixar de ser apenas conceito para se tornar conduta, vínculo e responsabilidade compartilhada.

Como nos lembra Paulo Freire: “É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo…”. Assim como a infância nos ensina, esperançar é ação, é movimento, é transformar perguntas em caminhos, encantamento em cuidado, pequenos gestos em sementes de um futuro possível.

Aqui, no Carbonell, esse movimento se concretiza em práticas cotidianas que envolvem as crianças e os jovens como protagonistas. Desde a Educação Infantil acontece a separação de resíduos orgânicos, recicláveis e rejeitos: uma ação simples, mas carregada de significado, pois participando desse processo, as crianças aprendem que cada escolha importa, que o destino do que descartamos pode gerar novos ciclos, e que cuidar do planeta não é um ato distante, mas algo que se constrói todos os dias, em cada atitude. Ao abrirmos o diálogo entre conhecimento, sensibilidade e ação, a sustentabilidade deixou de ser um conteúdo e se tornou vivência. É nesse espaço que as crianças aprendem não apenas a separar resíduos, mas a conectar-se com a ideia de que o mundo pode ser cuidado, transformado e reinventado.

Esperançar, nesse contexto, é educar para a vida! É inspirar pequenos cidadãos a reconhecerem seu poder de transformação. Porque, se o futuro nasce no presente, é na primeira infância que podemos semear, com afeto e muita intencionalidade pedagógica, um amanhã mais justo, consciente e sustentável.

Blog Carbonell
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